História, Ciência e Curiosidades
Fenômenos Aéreos Não Identificados
Após a Segunda Guerra Mundial, os avistamentos de fenômenos aéreos não identificados cresceram de forma significativa. Foi nas décadas de 1970 e 1980 que o fenômeno se consolidou no imaginário popular, levando muitos a se perguntar: será que existe vida fora do nosso planeta?
O estudo de OVNIs é um campo envolto em imaginação. Como dizia o Dr. J. Allen Hynek, do Projeto Blue Book: “Você não pode convencer uma pessoa que teve uma experiência com OVNIs de que ela não a teve.” Para Hynek, o tema não era mera ficção, mas uma área de especulação científica.
Com o tempo, os OVNIs se tornaram parte da cultura popular, capturados pelo cinema e transformados em um gênero famoso. No entanto, o tema também passou a carregar um estigma, gerando preconceitos e sendo frequentemente alvo de piadas. Esse cenário desestimulava muitas pessoas a relatarem suas experiências ou a assumirem publicamente seus avistamentos.
É essencial criar um ambiente seguro para que as pessoas se sintam confortáveis em compartilhar seus relatos. Apenas com seriedade e respeito poderemos avançar no entendimento científico desse fenômeno.
UAP (Unidentified Anomalous Phenomena) – Fenômenos Anômalos Não Identificados é um termo que substitui OVNI (Objeto Voador Não Identificado), abrangendo qualquer fenômeno aéreo, espacial ou marítimo que não tenha uma explicação imediata. Esses fenômenos podem assumir diversas formas, como luzes estranhas, objetos voadores com padrões incomuns de movimento. A natureza dos UAPs ainda é um mistério, e o estudo desses eventos requer uma abordagem interdisciplinar e aberta, que respeite todas as evidências e pontos de vista.
Um dos casos mais emblemáticos relacionados à aviação ocorreu em 1986, com o voo Japan Airlines B-747. O incidente envolveu objetos não identificados que se moviam de forma errática ao redor do avião. Segundo o capitão Terauchi, um desses objetos era maior do que um porta-aviões. Assustado, o piloto, em coordenação com o centro de controle, recebeu a instrução para realizar uma volta de 360 graus. Durante a manobra, os objetos acompanharam o movimento da aeronave, sugerindo algum nível de inteligência. Segundo o piloto, o fenômeno durou cerca de 50 minutos, e os radares civil e militar conseguiram rastrear os objetos por aproximadamente 30 minutos. O caso levanta questionamentos sobre a origem desses fenômenos e sua possível ameaça à segurança da aviação.
No dia 16 de novembro de 1996, um Objeto Voador Não Identificado teria colidido com um avião da Esquadrilha da Fumaça sobre a cidade de Santos, no litoral de São Paulo. A colisão causou o rompimento de uma das asas da aeronave, levando à sua queda.
O evento foi registrado em vídeo, no qual é possível observar um objeto esférico, com aproximadamente o tamanho de uma bola de basquete, passando em alta velocidade próximo à aeronave instantes antes do acidente. O vídeo, amplamente debatido por entusiastas e pesquisadores, revela o objeto movendo-se em velocidades incompatíveis com aeronaves conhecidas ou fenômenos meteorológicos. A trajetória e o comportamento do objeto sugerem que ele teria colidido com a asa da aeronave, embora não existam evidências conclusivas que expliquem sua origem ou natureza.
Curiosamente, o caso remete à famosa fotografia de um bombardeiro japonês em 1943, onde uma esfera semelhante foi registrada seguindo o avião em pleno voo. Esses objetos, conhecidos como “Foo Fighters”, foram frequentemente avistados por pilotos durante o conflito, permanecendo até hoje como um mistério sem solução.








O estudo da ufologia só irá avançar se estiver associado a um benefício prático para sociedade. Nesse sentido, é possível abordar o fenômeno sob a perspectiva da segurança da aviação.
Richard Haines – NARCAP.